Valetas, mochilas e bolhas - boleragem de fim de semana

Se tem coisa mais comum que post de sábado á noite que não sai sábado é jogar futebol, no Brasil é claro, em fim boleragem de fim de semana e futebol amador são coisas muito distintas, sendo que um é futebol e o outro é arte.

Enquanto os times de futebol amador sonham com um campo próprio, ter um uniforme próprio  e reconhecido e talvez alguns torcedores torcedoras principalmente o sonho de um jogador de uma pelada brába é encontrar um campo sem valetas próximas, sem irregularidades que o levem a tropeçar no campo e principalmente não encontrar um time de futebol amador no campo

Começando pelo mais importante, não falaremos a principio do jogo em si, mas sim dos  inúmeros fatores que pausam ele,dividindo em tópicos :

  • O nada: É praticamente uma regra, as laterais de um campo onde não se paga para jogar não tem nada e quem acaba pagando são suas canelas, não adianta, ou terá que correr até o cú do mundo quando algum espertão decidir dar O bico para tirar a bola da área e a mesma quase sai da área de visão de todos que estiverem jogando.
  • Tênis de boleroA valeta:Sempre vai ter um sujeito que acha que está jogando com um time de  basquete e manda a bola a 2 metros de altura, passando por todos e indo parar em um  majestoso buraco que parece só existir perto de campos de futebol.Claro que se tratam das malditas valetas, mas como tudo no futebol é arte não podiam deixar de serem mencionadas as artimanhas usadas pelos boleiros para recuperarem a pelota.Dentre as mais comuns encontram-se:
  • O guerreiro:Apesar de serem desaprovados pelos outros jogadores, o guerreiro é o cara que faz jus ao que tem no meio das pernas e entra na valeta para pegar a bola. Não discriminando seu cheiro, cor, presença de coliformes fecais ou substancias radioativas.
  • Em equipe: Dois sujeitos seguram os braços do aprendiz de guerreiro que bota apenas os pés na valeta com intuito de puxar a bola, geralmente não funcionando e fazendo com que surja um guerreiro.
  • O malandro: Espera a bola se mover com a água corrente até que chegue em um lugar que seja mais fácil recuperar ela
  • O homem vara: Não confia o bastante nos companheiros para uma retirada em equipe, muito menos para tirar de guerreiro, caminhando até o cú do mundo para achar um par de varas e tirar a bola da valeta com elas.Pela demora geralmente é empurrado na valeta virando automaticamente um guerreiro.
  • A atoladinha: Se acha bom o bastante para pegar a bola como um guerreiro e acaba por se atolar na valeta até o joelho, se assustar e sair dela sem a bola.
  • O mafioso: Suborna os outros jogadores para tirarem a bola da valeta de algum jeito, geralmente se recusa a pagar e acaba por ser atirado na valeta e virar um guerreiro.
  • O cagão: Tenta fazer como em equipe mas sozinho, por não confiar nos outros, ainda reclama quando tem pessoas atrás ou próximas por achar que vai ser empurrado.Geralmente acaba por ser empurrado e virar um guerreiro.

BarroClaro que  seria muito tosco mas não surpreendente se eu não falasse do jogo em si, afinal, é  o país do futebol, futebol é arte e blá blá blá.O jogo em si acontece praticamente como uma partida de futebol amador, mas lá como ninguém pretende ficar rico ser um jogador de futebol, quando alguém pede falta acontece um júri popular com as opções de voto “Ah tá, Nilmar agora?” e “ tá bom, tá bom cobra essa merda…” onde em 90% dos casos acaba por ser decidida a primeira opção

Toda a discórdia e ódio do jogo acabam se não ao fim do jogo, mas sim no Happy Hour, que geralmente acontece na padaria ou lugar que tenha algo que possa ser bebido mais próximo.Onde os métodos de recuperação de calorias vão de balas até cocas de dois litros, passando por águas, pães de queijo e picolés menos de 7 de uma vez é para os fracos. Contando ainda com o que sobrar de dinheiro para um Coca+Mentos para descontrair.

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